sábado, 14 de setembro de 2013

A PRIMEIRA CORRIDA DE RUA – 5 Km

Corrida de Reis


Precisamente, dia 6 de Janeiro ia ter a “Corrida de Reyes” em Madri e como tinha a opção de correr por 5 ou 10 km resolvi me inscrever, sem NUNCA ter corrido na minha vida (para a corrida de rua, esteira não conta ein!).

Um frio horrível, toda empacotada e ainda sonolenta, descemos para Madri. Chegando lá, ainda estava amanhecendo, já que no inverno, às 8:00 da manhã está escuro. Mas só de chegar e ver as pessoas que estão na mesma situação que você e estão super empolgadas, já dá um ânimo e o frio começa a ser só um coadjuvante naquele misto de sensações. 

Não sabia com o quanto de roupa deveria correr (também não pensava em tirar nada, já que o frio era de doer), levava vestida uma calça de correr no frio que tive que comprar naquela semana, já que tem uma proteção por dentro, 3 blusas, uma proteção no pescoço e um casaco “esportivo”. Decidi tirar o casaco e deixar no roupeiro que a organização disponibiliza para os corredores. 

Dada a largada. Eu não fazia ideia do eram 5 km. Tempo?? Não sei quanto tempo ia levar para correr essa distância. Antes do primeiro quilômetro já estava morrendo e pensei: “O que eu estou fazendo aqui??” Passa um vovozinho do meu lado, de short e camiseta cantando YMCA! Ele levava um mp3 e, possivelmente, estava tocando essa música. Não é possível, se ele pode, eu também posso! Segui andando, tentando recuperar o fôlego, mas correr no frio não é fácil. Como a diferença de temperatura entre seu corpo e o ar de fora é tão grande, seu nariz começa a escorrer, sua garganta seca e começa a produzir uma secreção que você não consegue engolir o tempo todo. Corri no meu limite, no meu passo. Aproveitava as descidas para acelerar, recuperar o fôlego e o tempo. No meio do caminho queria me livrar de metade da roupa que levava. Um calor que incomodava, mas agora era tarde. Tinha que ir até o fim. Em todo o percurso, as pessoas gritavam palavras de ânimo e isso fazia com que você seguisse em frente, sem desistir. 

Ver a última subida, já antes da linha de meta deu um misto de alegria e desespero. Aquela subida no fim do caminho era injusta... Mas não tinha opção e aos 35 minutos alcancei a linha de chegada. A sensação?! Eu conseguiiiii!!!

A partir desse dia comecei a vencer as desculpas que a cabeça arruma e comecei a correr durante a noite aqui no bairro. Pensa que é fácil chegar em casa, em pleno inverno, trocar de roupa e sair para correr? Claro que não, mas a sensação de terminar uma corrida não tem preço!

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